relojes web gratis

Índice Geral

sábado, 31 de maio de 2008

"Deus sempre sabe o que faz"

Quando Cristo padeceu por nós na cruz, por causa dos nossos pecados, nos diz a Bíblia em Mateus 27 e 51, que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. Com esse acontecimento, foi aberto um caminho, um acesso direto do homem para com Deus, possibilitando a todos de chegarem a sua presença a qualquer momento, pois até então, esse acesso era restrito aos sacerdotes, os únicos a quem se tinha o direito de ultrapassar os limites entre o Santuário e o Santo dos Santos, onde se encontrava a arca do Senhor, que era marcado pela grossa cortina ou véu de pano azul e púrpura e carmesim e linho fino torcido que distava cerca de 9m da entrada do tabernáculo (Ex. 26. 31), impedindo assim e restringindo o acesso de outras pessoas, que não eram da linhagem dos sacerdotes, ao lugar chamado Santíssimo, pois somente os sacerdotes poderiam estar ali, onde se encontrava a arca e a presença de Deus era manifestada, para lhe oferecer sacrifícios e holocaustos, onde o sangue dos animais que era derramado sobre o altar do sacrifício, cobria os pecados dos homens diante da face de Deus. Se por acaso algum dos sacerdotes que ali entrasse estivesse em pecado não tendo santificado sua vida para o Senhor, logo se percebia que o sino que estava amarrado a sua cintura parava de tocar, então podia-se puxa-lo pela corda que também estava amarrada ao seu corpo porque certamente ele já estava morto. Com a morte de Cristo e o derramamento do seu sangue sobre a terra, os pecados dos homens não mais são escondidos, e sim, apagados da presença de Deus, além disso, foi dado ao homem, o direito de acesso livre ao santuário, assim sendo, a própria presença do Senhor Deus. Em resultado dessa tão grande e maravilhosa alteração do que podemos chamar de mecanismo, cerimônia ou preparação para a adoração a Deus, ainda existe na mente de muitas pessoas, um véu imaginário, que separa Deus de nossa vida, nossos problemas, nossos desafios diários e tantas outras questões mais, que ainda continuamos considerando Deus como um ser muito distante de nós, tão distante que essa barreira passa a nos manter separados Dele, impedindo-nos de desfruta-lo com todos os direitos que nos foram dados, mediante a morte de Jesus, seu filho.
Na época em que Jesus nasceu, o povo de Israel, os judeus, tinham tanta certeza que Jesus como filho de Deus Todo-poderoso, o grande Eu Sou, como por eles conhecido, nasceria em palácio, em berço real, de ouro e riquezas, pois estavam acostumados a sempre contemplarem Deus operando grandes milagres, concedendo vitórias esplendorosas em batalhas e guerrilhas contra seus inimigos e, até mesmo o próprio Deus, muitas vezes, destruindo totalmente os afrontadores de Israel. Muito possivelmente, acreditavam que Jesus seria um homem de guerra, valente, forte e corajoso que estaria na frente de grandes exércitos destruindo e aniquilando todos os que se opusessem ao seu reinado e domínio tentando impedir suas conquistas, apoderando-se de reinos e terras, constituindo então um grandioso império israelita. Creio eu, esse era o desejo do povo na ocasião, um desejo de vingança aos seus opressores, de instituição de um reinado imponente, invencível e intransponível, ao qual Jesus, o filho de Deus, seria o rei. Mas não foi exatamente isso que aconteceu. Ao som de mugidos e barulho de palha e feno, em uma estrebaria fétida, suja e fria, deitado sobre uma manjedoura, lugar onde se põe alimento para os animais, e enrolado em longas tiras de tecido, ouvia-se também o choro comovente do recém-nascido que acabara de ser concebido por sua mãe Maria, mulher de José. Assim se descreve, segundo o evangelho de Lucas 2, o nascimento daquele que haveria de vir ao mundo para libertar o homem do jugo a que se lhe foi adquirido pelo pecado diante de Deus, abrindo-se então a porta da salvação para todos quanto lhe cressem de que verdadeiramente era o filho de Deus a quem fora predito pelos profetas. Essa manifestação de Deus aos homens, através de Jesus, de forma tão simples, precária, e porque não dizer, até humilhante a ponto de Ele não ter nem um lugar adequado para nascer, não era e ainda não é aceita na mente dos judeus. Literalmente, este não era o Messias ao qual eles esperavam, no entanto que ainda estão esperando o “verdadeiro” até hoje. Jesus, para eles, não passou de apenas mais um homem, comum como todos os demais, realizando alguns feitos milagrosos nas aldeias daquela região em que viveu.
Deus costuma surpreender, e às vezes, até confundir as pessoas para que seja manifesta a sua perfeita vontade na vida dos homens, mas ao final de tudo, percebemos como sua sabedoria é eficaz, nos conduzindo e aperfeiçoando nossa vida de uma forma que somente Ele sabe fazer. Não se surpreenda quando Ele agir assim, e você O esperar de um lado, e Ele aparecer de outro. Deus tem caminhos diferentes dos nossos, sonhos diferentes, planos diferentes. Ande pelos caminhos do Senhor, sonhe os seus sonhos, execute os seus planos, siga suas instruções para ser uma pessoa feliz e realizada em sua vida, pois quando procuramos buscar aquilo que Deus tem preparado para nós, o sucesso será fatal, a conquista virá com dedicação, muito empenho e compromisso com Ele. Existem coisas que devemos entender, Deus não irá fazer aquilo que nós devemos fazer. Quando Jesus ressuscitou a Lázaro em Betânia, ele ordenou que os homens que ali estavam, retirassem a pedra que estava na entrada do túmulo, ensinando com isso, que mesmo, por mais que Ele tivesse o poder de mandar aos anjos que retirassem aquela pedra, temos que realmente fazer a nossa parte, sendo responsável por nossas atitudes e para com aquilo que nos cabe executar. Deus só irá fazer aquilo que não podemos fazer, Ele sempre sabe o que faz, nós é que não sabemos e, precisamos através das oportunidades que Ele nos dá, aprender mais, cada vez mais, a confiar n’Ele e descansar na sua palavra.

Nenhum comentário: